sexta-feira, 18 de outubro de 2013

De que adianta?

De que adianta a vitória, se a guerra foi injusta?
De que adianta o calor do meu quarto, se lá fora pessoas dormem ao relento?
De que adianta amar e sufocar o sentimento?

De que adianta falar, se a cada dia há menos pessoas dispostas a ouvir?
De que adianta chegar, se já tem hora pra partir?
De que adianta pensar, se quem pensa não consegue sentir?
De que adianta eu sentir, se não há quem mereça?

De que adianta buscar, se ainda não sabe o que?
De que me adianta tentar, se como a vitória, o prêmio é incerto?
De que adianta sorrir, se por dentro o coração chora?
De que adianta o disfarce, se quando chega em casa seu verdadeiro "eu" te assombra?

De que adianta mentir, se a verdade sempre vem a tona, custe o que custar, doa em quem doer?
De que adianta a sinceridade num mundo cada vez mais falso?
De que adianta o respeito, se as pessoas o perdem na primeira oportunidade?
De que adianta viver e não ter um propósito?

De que adianta querer e não correr atrás?
De que adianta a promessa, se com o vento ela se desfaz?